segunda-feira, 3 de agosto de 2020

[Livro] A Escolha // #3 da trilogia A SELEÇÃO

Título original: The One
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Gênero: Distopia / Jovem adulto / Literatura Estrangeira / Romance
Páginas: 352
Avaliação: 3/5 (razoável)

Sinopse: Quando foi sorteada para participar da Seleção, America não imaginava que chegaria tão perto da coroa - nem do coração do príncipe Maxon. Com o fim do concurso cada vez mais próximo, e as ameaças rebeldes ao palácio ainda mais devastadoras, ela se dá conta de tudo o que está em risco e do quanto precisará lutar para alcançar o futuro que deseja.
America já fez sua escolha, mas ainda há muitas outras em jogo... Aspen, seu antigo namorado, terá de encarar um futuro longe dela. E Maxon precisa ter certeza dos sentimentos da garota antes de tomar a grande decisão, ou acabará escolhendo outra concorrente. (Skoob)



Antes de continuarmos, sinto a necessidade de informar que spoilers serão comentados no decorrer da minha opinião. Então, se você ainda não leu o segundo ou mesmo o primeiro volume, recomendo que pare aqui mesmo - muito embora talvez a sinopse já tenha oferecido alguma coisa. Caso não se incomode com isso, sinta-se à vontade pra continuar a leitura. 


Não sei como começar a opinar sobre esse livro sem já dizer de cara o quanto ele é controverso pra mim. Enquanto diversos pontos considerados defeituosos por mim nos volumes anteriores foram consideravelmente melhorados, o final desse terceiro volume me é ruim o suficiente pra baixar um ponto na avaliação em relação aos seus antecessores. Embora, no geral, diversos comportamentos de algumas personagens começaram a parecer mais realistas, diversos outros arcos pareceram simplesmente jogados pra que o leitor aceite de qualquer forma e isso influenciou de forma direta pra o resultado negativo no final do livro.



Quando A Elite termina tentando nos levar a crer que America será expulsa da Seleção mas nos traz Maxon - novamente - intercedendo por era após toda a situação de mais uma - embora mais cruel - invasão rebelde, A Escolha começa nos trazendo a esperança de que finalmente as coisas ficarão realmente bem entre eles e que, no final das contas, o inimigo será outro, e não as outras selecionadas. Felizmente, essa esperança é confirmada ao conseguirmos ver tanto America quanto Maxon se esforçando pra ficarem juntos mais do que nos volumes anteriores. Muitas das dúvidas que ela sentia a cada tropeçada de qualquer que fosse seu interesse amoroso finalmente foram amenizadas e reduzidas a praticamente nada, o que já nos traz um novo frescor no último volume. Já ele, que antes já se apresentava decidido e ciente do seu amor por America, está agora mais focado no que pretende fazer após casar com ela, não despendendo tempos absurdos unicamente com a Seleção.

Outro ponto interessante é a carga cômica que a autoria assumiu em alguns pontos específicos - e certeiros - do livro, já que temos desde Maxon se divertindo horrores com uma tentativa realmente sedutora, mas nada America-de-ser, da protagonista tentando seduzi-lo, até situações envolvendo as próprias selecionadas e suas opiniões entre si. Não dá pra caracterizar como um livro de comédia mas de fato trouxe sentimentos novos ainda em tempo pra leitura. 

Agora sobre o que foi ruim como um soco no meio da cara... Se antes o rei Clarkson já não podia ser descrito como uma personagem não caricata, nesse último volume ele não apenas pode ser visto como clichê, mas também inepto e imbecil. Claro que em nenhum momento o achava um grande estrategista ou uma mente brilhantemente maligna, mas daí passar mais de um volume da trilogia aterrorizando America e se portando como o todo poderoso do reino pra no final de tudo não apenas não ter nenhum plano com relação à manutenção de seu poder naquela sociedade fragilizada como também morrer rapidamente numa rebelião rebelde que nem chegou a ser narrada? Não só ficou um absurdo como nega ao leitor o que poderia ter sido um clímax melhor do que qualquer outro dentre todos os livros da série. Eu já falei anteriormente que entendo o foco do livro não ser a política, mas sim o romance, e por isso não termos como acompanhar um desenvolvimento mais profundo sobre o assunto. Mas cá entre nós... Se eu não pretendo te mostrar algo ou se esse algo não for realmente o meu forte em narrações e desenvolvimentos, eu nem deveria nem mencionar. Fazendo exatamente o contrário, a autora não apenas escancara sua inaptidão em política e no desenvolvimento da mesma como também nutre no leitor um sentimento de que ele chegará em algo que, na realidade, nunca irá acontecer, tendo em vista que não sabemos praticamente nada da última rebelião rebelde já que temos apenas o ponto de vista da America e ela fica o tempo quase inteiro presa sozinha em um abrigo. Então depois é como se desse um salto enorme no tempo - quando na verdade não -, porque, ao sair de lá, é jogado na nossa cara que o rei e a rainha morreram (hã?), Aspen de repente está apaixonado por Lucy (hã??) e Maxon simplesmente aceitou na boa que estava num triângulo amoroso sem saber, perdoa America sem exigir qualquer explicação (apesar do discurso dele ter sido bonito, no contexto não faz sentido) e pá!, já partimos pra o casamento dos dois assim, do nada. Ah! Sem falar na morte aleatória de Celeste que pareceu mais pra nos causar alguma emoção já que, DO NADA, a mulher decidiu ser amiga de America só porque ela foi compreensiva ao vê-la chorar. Oi??? Não, né. Mais respeito com seus leitores, Kiera.

Enfim, não quero continuar me prolongando nesse tipo de coisa. Acredito que já tenha ficado claro o ponto onde queria chegar. Se não fosse por esse final ridículo, talvez a série tivesse permanecido linearmente bem avaliada (pra mim, é claro) ou mesmo o último volume poderia fechar ainda melhor que os anteriores, mas não foi o caso. Entretanto, não quero com isso dar a entender que não gostei de A Escolha. O coloquei como "razoável" realmente porque esse final não tem como engolir. Mas no que se refere ao desenvolvimento e à fluidez da história, é tão bom quanto os anteriores e ouso dizer que em alguns momentos é até melhor.

"Obedeci, e mais uma vez fui espremida pelo vestido. Pensei em um soldado que se preparava para a guerra. A armadura era diferente, mas a ideia, a mesma. Naquela noite eu ia derrotar um homem."
"As melhores pessoas sempre carregam alguma cicatriz."
"Maxon, algumas dessas cicatrizes estão nas suas costas para que não estivessem nas minhas, e eu amo você por isso."

Então é aqui que terminados as resenhas da trilogia A Seleção. Temos A Herdeira vindo logo em seguida com uma nova protagonista mas prefiro descansar um pouco desse universo e partir pra algumas leituras mais nada a ver com isso rs Então fiquem ligados que teremos algo mais diversificado nos próximos posts. Espero que gostem!

terça-feira, 28 de julho de 2020

[Livro] A Elite // #2 da trilogia A SELEÇÃO

Título original: The Elite

Autora: Kiera Cass

Editora: Seguinte

Gênero: Distopia / Jovem adulto / Literatura Estrangeira / Romance

Páginas: 360

Avaliação: 4/5 (bom)


Sinopse: A Seleção começou com 35 garotas. Agora restam apenas seis, e a competição para ganhar o coração do príncipe Maxon está acirrada como nunca. Quanto mais America se aproxima da coroa, mais se sente confusa. Os momentos que passa com Maxon parecem um conto de fadas. Mas sempre que vê seu ex-namorado Aspen no palácio, trabalhando como guarda e se esforçando para protegê-la, ela sente que é nele que está o seu conforto. America precisa de mais tempo. Mas, enquanto ela está às voltas com o seu futuro, perdida em sua indecisão, o resto da Elite sabe exatamente o que quer e ela está prestes a perder sua chance de escolher. (Skoob)


Antes de qualquer comentário sobre a continuação em si, vamos dar uma pausa pra admirar a capa. Dentre todos os livros da série, essa é facilmente uma das fortes candidatas a primeiro lugar na minha opinião. Além de ser chamativa por si só - vermelho, né -, transmite uma certa agressividade na abordagem da America na Seleção, embora, curiosamente, essa mesma agressividade só venha aparecer com mais força no terceiro volume. Entretanto, no segundo volume já podemos ver a sementinha nascendo.


Antes de continuarmos, sinto a necessidade de informar sobre spoilers serão comentados no decorrer da minha opinião. Então, se você ainda não leu o primeiro volume, recomendo que pare aqui mesmo - muito embora talvez a sinopse já tenha oferecido já alguma coisa. Caso não se incomode com isso, sinta-se à vontade pra continuar a leitura.





Assim como em A Seleção, minha leitura de A Elite pra essa postagem foi, na verdade, uma releitura. Muitas coisas vieram à memória novamente, mas confesso que algumas outras talvez se percam durante meus comentários devido à minha última leitura até o presente momento ter sido do volume a seguir, A Escolha. Juro que prometo que farei o meu melhor aqui rs


Então, indo direto ao ponto que provavelmente é um dos que mais me incomodam nesse livro: Aspen. Não me levem a mal, eu gosto muito dele e até realizar essas releituras eu era Team Aspen (como mencionei na postagem anterior). Porém, algumas coisas ficaram mais claras pra mim e agora e uma delas é o quanto ele conseguiu forçar os limites da inconveniência em A Elite. Não é que America seja a retidão em pessoa, e inclusive me irritei com ela algumas vezes. Mas começando por Aspen, ele criou muitas das oportunidades de se "fazer a merda acontecer" e parecia ingênuo demais arriscando a segurança dele e daquela que ama pelo egoísmo de tentar reconquistá-la. Eu digo egoísmo porque é o que me parece, de fato. Entendo seus arrependimentos e acredito em sua vontade de voltar atrás naquilo que fez, mas não dá pra praticamente enviar alguém à Seleção e depois desfazer isso. Enquanto isso, America me causa várias irritações nesse volume basicamente pelo mesmo motivo: mudar de opinião a cada cinco minutos ou a cada menor erro cometido - tanto por Maxon quanto por Aspen. Ela tratar cada um como plano B de acordo com seu humor no dia é talvez ainda mais egoísta do que o comportamento do seu ex-namorado e ela demonstra uma enorme carência de confiança quando sente pena de si mesma por qualquer motivo que veja ou que faça o possível pra ver. 


Apesar de tudo isso, foi em A Elite que parei um pouco pra pensar na idade dessas personagens e no quanto seus pensamentos ingênuos e decisões ruins poderiam ser facilmente justificados, muito embora eu não acredite que o esteriótipo do adolescente inconsequente seja o melhor rumo a se tomar. Mas ok, esse ponto alivia um pouco minhas críticas e não me faz "retirar pontuação" da obra. Apenas acho próximo ao problemático que personagens que muitas vezes - devido a alguns de seus pensamentos, devaneios e ações - visualizei como jovens adultos sejam, na realidade, adolescentes. Ou demonstra certa dificuldade da autora em recordar como de fato pensam os adolescentes ou ela apenas prefere seguir o caminho da romantização e dramatização pra fins literários mesmo - o que particularmente acho que seja o caso.


Já sobre as tão defeituosas questões políticas... Bom, aqui não temos realmente uma melhora no aprofundamento dessa narrativa. Entretanto, temas tangentes a este foram interessantes de ler e acredito que o maior deles foi a forma altamente punitiva para crimes nem tão graves assim, como foi o caso de Marlee. Apesar de sua penalização - e de Carter - ter sido reduzida pelo próprio Príncipe Maxon, me parece um tanto exagerado flagelar duas pessoas por quererem ficar juntas. E é aí que está o ponto positivo de A Elite: é em absurdos como esse que entendemos como o rei Clarkson governa seu reino e como sua mente doentia funciona. Sim, ele é um vilão bem caricato na maioria das vezes, mas levando em consideração que nunca houve a intenção de se abordar os temas políticos com mais profundidade, é aceitável que o rei seja algumas vezes visto até como explosivamente burro.


No geral, A Seleção terminou e A Elite começou nos dando aquela esperança de que America e Maxon iriam conseguir se entender melhor e entrar em sintonia, mas o que de fato aconteceu foi o contrário e a frustração - claro objetivo da autora - em ver os dois se afastando é tão grande que realmente queremos saber como que eles irão voltar um para o outro, se é que vão voltar um para o outro. Entre todos esses pensamentos, temos a felicidade de ver algumas vezes America desafiando efetivamente o rei, mesmo que nem sempre de forma intencional. Mas ainda assim é uma boa mudança de ares na história.


"Amar é a coisa mais maravilhosa e terrível que pode acontecer com você. Você sabe que encontrou algo incrível e quer levá-lo para sempre consigo. E um segundo depois de ter aquilo, você fica com medo de perder."

"Um silêncio maravilhoso tomou conta de mim, como sempre acontece quando ele toca certos pontos do meu coração."

“Às vezes, sinto que somos um nó complicado demais de desfazer.”


Esse foi o post de hoje, pessoal. Já concluí a releitura de A Escolha e em breve estarei escrevendo e publicando sobre ele aqui também, então aguardem :) E se já leu A Elite, comenta aqui embaixo quais foram os pontos altos na sua opinião. Até o próximo!  


domingo, 26 de julho de 2020

[Livro] A Seleção // #1 da trilogia A SELEÇÃO

Título original: The Selection
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Gênero: Distopia / Jovem adulto / Literatura Estrangeira / Romance
Páginas: 368
Avaliação: 4/5 (bom)

Sinopse: Nem todas as garotas querem ser princesas. America Singer, por exemplo, tem uma vida perfeitamente razoável, e se pudesse mudar alguma coisa nela desejaria ter um pouquinho mais de dinheiro e poder revelar seu namoro secreto.
Um dia, America topa se inscrever na Seleção só para agradar a mãe, certa de que não será sorteada para participar da competição em que o príncipe escolherá sua futura esposa.
Mas é claro que seu nome aparece na lista das Selecionadas, e depois disso sua vida nunca mais será a mesma... (Skoob)



Apresento a vocês a resenha de um livro pelo qual eu nutria certo preconceito. Passei muito tempo admirando as capas mas ignorando uma possível leitura porque a sinopse realmente não me chamava atenção e tudo parecia mais do mesmo, apenas com uma roupagem diferente. Então há alguns anos decidi encarar e ver qual era a de todo o buzz em cima da, na época, trilogia. De fato, a premissa não nos oferece de cara nada muito novo. Já tivemos diversos romances tanto distópicos como de época e, embora A Seleção não ocorra realmente em uma época distante - na verdade, se passa num futuro distópico -, toda essa ideia de monarquia e choque entre plebeia e príncipe nos leva diretamente a isso. De qualquer forma, gosto de ambos os gêneros e, ao deixar meu preconceito de lado, descobri uma série confortante de ser lida.

Já se passaram alguns anos desde que li a quase todos os livros da série, mas esse mês decidi reler e concluir todos os títulos e aproveitei pra fazer essa post com a memória mais fresquinha. Então o que vocês poderão ler aqui é o resultado de uma releitura já com algumas mudanças de opinião, antecipo.



Em primeiro lugar, uma das coisas que A Seleção faz de melhor é a formação de "teams" de acordo com o triângulo amoroso que logo de cara sabemos que será formado. "Team Aspen ou Team Maxon?" é uma das primeiras perguntas feitas por outros fãs quando você decide ir em frente com a leitura. Já adianto aqui que, em minha primeira leitura, recordei ser Team Aspen mas após reler (estou indo pra o terceiro livro) minha opinião está sutilmente mudando. Mais pra frente digo os motivos.

Em segundo lugar, as personagens. Temos daquelas mais caricatas (como a família inteira da America) até aquelas aparentemente manjadas mas que surpreendem (embora no primeiro livro isso não fique tão claro). Sobre a protagonista eu costumo oscilar os sentimentos por conta da personalidade até decidida mas, por diversas vezes, se tornando extremamente indecisa sobre o que quer. As vezes chega a ser irritante o quanto ela muda de opinião a cada cinco minutos, uma hora confiando em alguém e no momento seguinte duvidando pelo menor possível que venha a aparecer. Já sobre os rapazes, nessa releitura meu conceito sobre o Aspen caiu um pouco (apesar de ainda gostar dele) porque me descobri irritada com a falta de noção que ele tem as vezes, se metendo quando não deve e não sentindo o tom do momento. Enquanto isso, nesse primeiro livro Maxon permanece igual pra mim: um cara gente fina e melhor do que esperamos no começo, embora ingênuo em certos momentos, o que é basicamente o que me incomoda nele as vezes.

Em terceiro e último lugar, tenho como opinião formada que o maior defeito desse livro e dos próximos também é a superficialidade com que a autora trata das questões políticas do mundo em questão. Embora o foco não seja realmente esse, ela peca e o nível cai quando tenta mencionar assuntos dos quais não tem propriedade e tenta formular um sistema político falho, superficial e, por que não, até infantil. Isso só não prejudica grandemente a experiência da leitura porque, como disse logo acima, esse não é foco, mas apenas um pano de fundo, muito embora influencie toda a dinâmica de vida das personagens.

Finalmente e não queremos me prolongar demais, acredito que A Seleção talvez não te faça passar horas refletindo sobre a vida após a leitura, mas tenho certeza que esse não é o objetivo. Entretanto, se sua intenção é fazer uma leitura leve apenas pra desopilar e talvez sair de um travamento com relação a outros livros, essa pode ser uma ótima escolha. A leitura é fluida, há questões interessantes no decorrer da história sem que sejam levantados temas pesados demais e, cá entre nós, dá pra ler tranquilamente em um único dia caso essa seja sua intenção.

"Um sorriso tranquilo nasceu no meu rosto e no dele. Nossa amizade - se é que podíamos chamar assim - era estranha e cheia de furos, mas pelo menos era honesta."
"Tomei coragem para enfrentar o que estava por vir. Eu me fiz de forte. Enfrentaria o que surgisse. Quanto ao que tinha ficado para trás, decidi que era melhor assim: deixar para trás."
"Espero que encontre uma pessoa sem a qual não possa viver. E desejo que nunca precise saber como é tentar viver sem ela."

Você já leu A Seleção? Tentei ser o mais breve possível, mas se houve algo importante que você acredita que eu deveria ter opinado, conte aqui nos comentários tá? Nos vemos no próximo post!

domingo, 17 de maio de 2020

[Livro] A Culpa é das Estrelas


Título original: The Fault in Our Stars
Autora: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 288
Avaliação: 5/5 (muito bom)

Sinopse: "A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar." Skoob (editado)


Este post foi publicado originalmente em Julho/2014 no antigo Alquimista de Sonhos, sendo, se e quando necessário, editado antes dessa leitura que você está fazendo agora.

A primeira coisa que pensei e publiquei no Facebook após ler A Culpa é das Estrelas (há alguns consideráveis anos) foi: não me emocionava dessa forma desde A Menina que Roubava Livros. Claro que "emoção" é uma coisa bem relativa. O que me emociona pode não te emocionar e vice-versa. Entretanto, quero analisar esse livro tendo em vista tudo quanto pode influenciar na grande experiência de se ler um romance.

FONTE: A autora

Não lembro bem quando A Culpa é das Estrelas foi lançado, mas me recordo perfeitamente que tudo pareceu surgir do nada. Inúmeros blogs brasileiros e internacionais começaram a falar sobre ele e aí todos os leitores já queriam saber mais sobre a história, os personagens, os cenários etc. Comigo não foi diferente. Certos livros me causam uma certa "repulsa" por possuírem uma capa muito poluída e/ou pela história já ser bem batida. Algumas pessoas acharam a história de A Culpa é das Estrelas clichê. Eu não. Pra mim, John Green conseguiu tornar original algo que tinha tudo pra ser "apenas mais um", e isso me chamou bastante atenção.

FONTE: A autora

Sobre os personagens: são todos muito legais e mesmo aqueles que deveriam ser chatos acabam sendo bons. Hazel consegue nos cativar pela sua forma divertida e sarcástica de lidar com sua situação. Augustus (Gus) é aquele que todos nós amamos e que é impossível não gostar, já que ele é todo metido a engraçado, charmoso e verdadeiro. Já Isaac é, sem dúvidas, um dos mais engraçados do livro. Se não for o mais engraçado, está empatado com o Gus. Também podemos conhecer um pouco os pais da Hazel - especialmente sua mãe. Protetores, tudo o que eles querem é manter sua filha segura e não medem qualquer esforço pra que ela possa ter uma vida muito boa dentro de suas limitações.

FONTE: A autora

Novamente sobre o enredo, outra coisa que me agradou foi a história paralela que temos entre Hazel, Gus e o livro Uma Aflição Imperial. De primeira eu me identifiquei porque eu me sinto exatamente como a Hazel quando consegue apresentar um livro incrível a alguém e fazer essa pessoa amar esse esse livro também. Depois, me identifiquei com o Gus porque fico extremamente eufórica e obcecada quando conheço algo novo e super interessante. E o mais legal é que toda essa parte envolvendo os dois com o livro e seu autor não atrapalha em nada a ideia principal.

Esther Earl, inspiração para a criação da personagem Hazel Grace. FONTE: Google

Esse gênero literário no qual um ou mais personagens principais se encontram doentes e precisam lidar com sua doença se tornou bem famoso com o passar dos anos. Mesmo atualmente (2020), vez por outra vemos algum novo romance ou filme juvenil trazendo essa premissa. Entretanto, o que nos faz não parar a leitura ou permanecer no mesmo filme é a abordagem, e esse foi, na minha opinião, o grande acerto de A Culpa é das Estrelas. Ok, há momentos onde a Hazel, o Gus e o Isaac brincam com suas situações e ok, há outros onde o humor negro é estampado. Entretanto, contudo, todavia... Temos um retrato bastante claro das dores e medos de quem se encontra por um fio de vida. E isso talvez se deva à inspiração por trás dessa história: Esther Earl foi uma amiga do autor que infelizmente faleceu vítima de câncer aos 16 anos. Sua trajetória foi conhecida internacionalmente com a publicação do livro This Star Won't Go Out (traduzido no Brasil como A Estrela que Nunca vai se Apagar).

"Me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra."
"- Meus medos?- É.- Eu tenho medo de ser esquecido - disse ele de bate-pronto - Tenho medo disso como um cego tem medo de escuro."
"- Esse é o problema da dor - o Augustus disse, e aí olhou para mim. - Ela precisa ser sentida."
"Meus pensamentos são estrelas que não consigo arrumar em constelações."


FONTE: A autora

Você já leu A Culpa é das Estrelas? Se sim, deixe seu comentário :)

terça-feira, 12 de maio de 2020

[Animação] Young Justice


Este post foi publicado originalmente em Março/2016 no antigo Alquimista de Sonhos, sendo, se e quando necessário, editado antes dessa leitura que você está fazendo agora.

Já está mais do que óbvio o quanto a indústria cinematográfica tem lucrado com filmes de super-heróis, certo? Certo. Entretanto, alguns anos antes dessa fórmula ter seu sucesso confirmado, a DC Comics já havia criado uma das suas melhores obras até então: a animação Young Justice, criada Greg Weisman e Brandon Vietti para ser exibida no Cartoon Network, sendo transmitida nos EUA de Janeiro de 2010 até Março de 2013 e compreendendo 2 temporadas.

Embora muita gente pense que essa é uma adaptação dos quadrinhos de mesmo nome (em português, Justiça Jovem), ela é, na verdade, uma adaptação de todo o universo DC, tendo como cenário um universo específico do multiverso DC no qual os super-heróis não existem há tanto tempo assim.


SINOPSE



Young Justice centra-se em jovens ajudantes (sidekicks) de heróis da Liga da Justiça que almejam reconhecimento das próprias capacidades e mostrar-se eles mesmos como heróis dignos de entrarem de fato para a Liga. Membros da Justiça Jovem (grupo secreto formado por sidekicks), Robin, Kid Flash, Speedy (em português, Ricardito) e Aqualad ficam obviamente transtornados quando seus mentores, Batman, Flash, Arqueiro Verde e Aquaman (respectivamente) não demonstram a confiança necessária para que eles sejam adicionados à Liga, subestimando os jovens heróis. A partir daí, Speedy abre mão de seu posto como ajudante do Arqueiro Verde e começa a atuar em "carreira solo" sob o nome de Arqueiro Vermelho (ou Red Arrow). Enquanto isso, Robin, Kid Flash e Aqualad decidem agir secretamente numa missão que envolve o Cadmus e acabam descobrindo a criação de armas vivas, os Genomorfos, dentre os quais encontra-se Superboy, um clone do Superman e que posteriormente vem a fazer parte do grupo, os ajudando na criação de uma equipe secreta auxilar da Liga da Justiça.


PERSONAGENS



Dick Grayson é um garoto de 13 anos que atua sob o nome de Robin e é provavelmente o mais famoso sidekick de toda a DC. Em Young Justice, vemos pouco da sua atuação ao lado do Batman e começamos a conhecer um Robin mais capacitado e com uma forte liderança em desenvolvimento.
Além de engraçado, Dick é extremamente ágil e inteligente, sendo um dos melhores hackers da DC e, apesar de não possuir superpoderes, Batman o treinou mental e fisicamente ao máximo, o tornando um ótimo combatente corpo-a-corpo.
Melhor amigo de Kid Flash, os dois formam uma ótima dupla mas ainda assim discutem muito devido ao hábito que Dick criou (com os anos de trabalho ao lado do Batman) de agir sem consulta e sumir durante a luta para conseguir ser um elemento surpresa.
Algumas de suas habilidades: "superagilidade", memória fotográfica, compreensão geométrica perfeita, vasto conhecimento tecnológico.



Aqualad (cujo nome em Atlantis é Kaldur'ahm) é um adolescente de 16 anos muito calmo e de voz mansa e tranquila. Dentre todos os sidekicks, talvez seja o mais respeitoso e o que mais estima seu mentor, Aquaman, além de frequentemente fazer planos antes de tomar qualquer decisão.
No decorrer da série, Aqualad mostra-se naturalmente a escolha mais óbvia de liderança para a equipe e, embora relute em aceitar o cargo, ele o faz até que Robin sinta-se maduro o suficiente para assumir o posto.
Seus poderes baseiam-se em uma mistura de magia e ciência atlantes.
Algumas de suas habilidades: superforça, respiração subaquática, nado em alta velocidade, alta resistência, hidrocinese, forja elétrica.



Wally West é o garoto por trás do uniforme de Kid Flash. É sobrinho de Barry Allen (Flash) e aprendeu com ele sobre como usar a supervelocidade. Além disso, Wally tem 15 anos mas já se mostra um prodígio quando se trata de ciência.
Extremamente competitivo e impulsivo, Wally é o mais engraçado e brincalhão do grupo, sendo constantemente repreendido por "seu comportamento infantil" e por aparentemente não levar muitas coisas a sério.
Desde o início, mostra-se interessado na Miss Marte e não faz a mínima questão de esconder esse interesse, apesar de também ter sua atenção chamada por mulheres mais velhas, como a Canário Negro.
Algumas de suas habilidades: supervelocidade e derivações.



Superboy (Kon-El), posteriormente chamado de Conner Kent, é um híbrido genomorfo criado pelo Cadmus cuja informação genética foi retirada do Superman. Tem 16 semanas de vida (psicologicamente, 16 anos) e, apesar de almejar ser um herói, é extremamente explosivo e odeia ser subestimado e receber ordens. Secretamente admira o Superman, mas é constantemente ignorado por ele. No decorrer da série, se apaixona pela Miss Marte.
Algumas de suas habilidades: superforça, visão de raio-X, supersalto.


M'gann M'orzz (ou Megan Morse) é marciana e sobrinha de J'onn J'onzz, o Caçador de Marte. Cronologicamente, tem 48 anos (o que corresponde a 16 anos biológicos terrestres) e é muito doce e prestativa, sempre querendo ajudar com tudo o que puder. Assume o nome de Miss Marte e, apesar de sua personalidade afável, vive em conflito consigo mesma devido aos segredos de seu passado que tanto tenta esconder.
No decorrer da série, se apaixona pelo Superboy.
Algumas de suas habilidades: telepatia, transmutação, telecinese, manipulação de memória, invisibilidade, voo.


Artemis surge como uma excelente alternativa após a saída de Speedy e mostra-se não apenas uma exímia arqueira como também uma ótima lutadora. Com 15 anos, tem personalidade forte e tende a resolver problemas pela força, sendo constantemente criticada por Kid Flash. Entretanto, muito de sua personalidade se deve ao lar desestruturado no qual foi concebida e cresceu, o que a faz ser extremamente cautelosa e determinada a guardar seus segredos.
Algumas de suas habilidades: arqueira avançada, superagilidade, super-habilidade de luta, grande perícia em caçar e rastrear.


Devo dizer que essa é a melhor animação de super-heróis que já assisti e recomendo sempre que alguém demonstra interesse em algo do gênero. Não somente a história se desenvolve muito bem como os personagens em si evoluem claramente ao longo das temporadas. Imagino que tanto fãs de quadrinhos como quem não é tão "chegado" assim pode gostar bastante de Young Justice.




Bom, esse foi o post de hoje e eu gostaria de saber sua opinião caso já conheça Young Justice. Quais os pontos altos e o que poderia ter sido melhorado? Espero que tenham gostado e que também sugiram animações legais pra que eu possa conhecer. Atualmente, já temos a terceira temporada  de Young Justice lançada mas não irei dizer o que achei porque ainda não assisti. Então é isso, até a próxima!

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Ruivo Yamá Professional Color 7.4 + 8.4 // Ox 30

Oi, tudo bem?

Recentemente fiz manutenção do ruivo e registrei tudo porque já pensava em escrever em um blog novamente e pretendia manter tudo privado. Entretanto, decidi postar no Instagram questionando se alguém teria interesse nesse conteúdo já que várias pessoas que conheço já haviam me perguntado sobre a cor do meu cabelo. Um número pequeno (porém maior do que eu esperava) de pessoas se manifestou afirmativamente e cá estamos nós. Então bora lá que espero não pretendo me estender muito.

Já tem oito anos que mantenho meu cabelo tingido de ruivo e já nem lembro quantas vezes me perguntaram sobre qual a coloração, se é natural, se pinto no salão ou em casa etc. Então finalmente chegou a hora de fazer uma postagem mais bem pensada sobre o assunto porque no começo eu costumava tingir no salão, mas agora tudo é "diy".

Fonte: a autora

Ingredientes das tintas. | Fonte: a autora

Essas tintas não são as que uso desde 2012 mas são as que mais usei desde que parei de usar a Majirel 7.4 (era boa, mas decidi procurar por marcas menos agressivas aos animais e, consequentemente, ao meio ambiente). Essas são até melhores do que a Majirel e sinto menos desconforto no couro cabeludo. Os tons - variam de acordo com a proporção que coloco - também são muito bonitos e atualmente já tenho duração boa da cor, então não sei afirmar de verdade qual o comportamento delas num cabelo virgem ou semelhante.

Sendo bem sincera, quase nunca utilizo medidas fixas e precisas na hora de realizar a mistura da água oxigenada com as tintas. Geralmente coloco o que seria equivalente a "dois ou três dedos" de água oxigenada e vario entre 1/3 ou meio tubo de cada tinta (abaixo uma imagem pra referência de quanto utilizei). Dependendo do comprimento que o meu cabelo está, decido se vou apenas retocar a raiz ou fazer a manutenção no cabelo inteiro. No final das contas tudo depende da quantidade de mistura que rende.

Quantidades utilizadas e lembrete de vestir uma roupa bem velhinha e que possa ser suja durante o processo. | Fonte: a autora.

Se já não havia dificuldade até aqui, a partir desse momento não é diferente. Normalmente aplico a tinta eu mesma, mas como estamos novamente em família aqui em casa, minha mãe me ajudou e assim foi ainda mais rápido. Deixei a tinta agir por cerca de 30 minutos e depois foi só lavar com dois shampoos (pra tirar melhor qualquer resquício de tinta) e passar uma máscara reconstrutora.

A seguir, algumas fotos comparando como estava o meu cabelo antes da manutenção e no dia seguinte, lembrando que todas as fotos desse post estão sem filtro pra que sejam preservadas as cores mais originais possíveis.

Fonte: a autora

Então, esse é meu processo normal de manutenção do ruivo. Caso haja alguma dúvida, pode deixar aqui nos comentários ou em alguma rede social caso me siga por lá. Espero ter ajudado de alguma forma quem tem interesse em pintar o cabelo. Fico por aqui e até a próxima!

Lá e de volta outra vez

E aí, como vão vocês? 

É bem provável que você não me conheça, então vou me apresentar brevemente: me chamo Patrícia e sou potiguar nascida em Mossoró, interior do Rio Grande do Norte. Entre meus 10 e começo dos 20 e poucos anos escrevi em blogs próprios e o que durou por mais tempo foi recentemente fechado e mantido privado porque, bem, eu não tinha mais tempo na época e atualmente já não sou mais aquela pessoa. Não totalmente. Não em partes que me são importantes. Assim, com a pandemia na qual infelizmente estamos vivendo, escrever voltou a ser uma grande necessidade e um meio de alívio pra mim, se tornando um dos grandes motivos pra eu criar um blog novamente do zero.

Quem me conhece já de alguns anos sabe que Alquimista de Sonhos era o nome do meu mais amado e recentemente privado blog (e, posteriormente, canal no youtube, o qual também está com seu conteúdo privado). Criando esse que vocês estão lendo agora, martelei muito em minha cabeça a fim de pensar em algum outro nome que talvez fosse mais representativo pra mim, algo que me fizesse pensar "é esse!". Entretanto, nada me veio à mente e eu acabei retornando ao nome anterior porque, bem, isso talvez seja motivo pra um outro post caso tenham interesse. Por enquanto, basta saberem que é importante pra mim e que carrego muito forte comigo já há um bom tempo.

Enfim, nesse novo blog quero criar postagens novas assim como resgatar algumas que estavam no blog que privei. Isso é porque, modéstia à parte, tenho muito orgulho de algumas delas e acredito que tenham envelhecido bem, ainda merecendo a atenção de quem tiver interesse por seus assuntos. Ainda não sei direito se irei focar em algum nicho específico mas sinceramente não quero me apegar a isso. Não almejo nada específico com esse novo diário e, como escrevi na curtíssima biografia ao lado, não existem intenções glamourosas por aqui. 

É isso! Se alguém tiver alguma sugestão que ache interessante pode mencionar por aqui ou em alguma rede social - por aqui é mais interessante porque já fica salvo e separado. Não garanto nada mas vou ficar feliz em saber que a blogosfera não morreu de verdade rs Até mais!