domingo, 17 de maio de 2020

[Livro] A Culpa é das Estrelas


Título original: The Fault in Our Stars
Autora: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 288
Avaliação: 5/5 (muito bom)

Sinopse: "A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar." Skoob (editado)


Este post foi publicado originalmente em Julho/2014 no antigo Alquimista de Sonhos, sendo, se e quando necessário, editado antes dessa leitura que você está fazendo agora.

A primeira coisa que pensei e publiquei no Facebook após ler A Culpa é das Estrelas (há alguns consideráveis anos) foi: não me emocionava dessa forma desde A Menina que Roubava Livros. Claro que "emoção" é uma coisa bem relativa. O que me emociona pode não te emocionar e vice-versa. Entretanto, quero analisar esse livro tendo em vista tudo quanto pode influenciar na grande experiência de se ler um romance.

FONTE: A autora

Não lembro bem quando A Culpa é das Estrelas foi lançado, mas me recordo perfeitamente que tudo pareceu surgir do nada. Inúmeros blogs brasileiros e internacionais começaram a falar sobre ele e aí todos os leitores já queriam saber mais sobre a história, os personagens, os cenários etc. Comigo não foi diferente. Certos livros me causam uma certa "repulsa" por possuírem uma capa muito poluída e/ou pela história já ser bem batida. Algumas pessoas acharam a história de A Culpa é das Estrelas clichê. Eu não. Pra mim, John Green conseguiu tornar original algo que tinha tudo pra ser "apenas mais um", e isso me chamou bastante atenção.

FONTE: A autora

Sobre os personagens: são todos muito legais e mesmo aqueles que deveriam ser chatos acabam sendo bons. Hazel consegue nos cativar pela sua forma divertida e sarcástica de lidar com sua situação. Augustus (Gus) é aquele que todos nós amamos e que é impossível não gostar, já que ele é todo metido a engraçado, charmoso e verdadeiro. Já Isaac é, sem dúvidas, um dos mais engraçados do livro. Se não for o mais engraçado, está empatado com o Gus. Também podemos conhecer um pouco os pais da Hazel - especialmente sua mãe. Protetores, tudo o que eles querem é manter sua filha segura e não medem qualquer esforço pra que ela possa ter uma vida muito boa dentro de suas limitações.

FONTE: A autora

Novamente sobre o enredo, outra coisa que me agradou foi a história paralela que temos entre Hazel, Gus e o livro Uma Aflição Imperial. De primeira eu me identifiquei porque eu me sinto exatamente como a Hazel quando consegue apresentar um livro incrível a alguém e fazer essa pessoa amar esse esse livro também. Depois, me identifiquei com o Gus porque fico extremamente eufórica e obcecada quando conheço algo novo e super interessante. E o mais legal é que toda essa parte envolvendo os dois com o livro e seu autor não atrapalha em nada a ideia principal.

Esther Earl, inspiração para a criação da personagem Hazel Grace. FONTE: Google

Esse gênero literário no qual um ou mais personagens principais se encontram doentes e precisam lidar com sua doença se tornou bem famoso com o passar dos anos. Mesmo atualmente (2020), vez por outra vemos algum novo romance ou filme juvenil trazendo essa premissa. Entretanto, o que nos faz não parar a leitura ou permanecer no mesmo filme é a abordagem, e esse foi, na minha opinião, o grande acerto de A Culpa é das Estrelas. Ok, há momentos onde a Hazel, o Gus e o Isaac brincam com suas situações e ok, há outros onde o humor negro é estampado. Entretanto, contudo, todavia... Temos um retrato bastante claro das dores e medos de quem se encontra por um fio de vida. E isso talvez se deva à inspiração por trás dessa história: Esther Earl foi uma amiga do autor que infelizmente faleceu vítima de câncer aos 16 anos. Sua trajetória foi conhecida internacionalmente com a publicação do livro This Star Won't Go Out (traduzido no Brasil como A Estrela que Nunca vai se Apagar).

"Me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra."
"- Meus medos?- É.- Eu tenho medo de ser esquecido - disse ele de bate-pronto - Tenho medo disso como um cego tem medo de escuro."
"- Esse é o problema da dor - o Augustus disse, e aí olhou para mim. - Ela precisa ser sentida."
"Meus pensamentos são estrelas que não consigo arrumar em constelações."


FONTE: A autora

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